sábado, 31 de janeiro de 2009

Avaliação dos Alunos - Diretores/Intérpretes sobre o Curso Colégio de Direção Teatral - CDT/1ª Turma - (1996 a 1999)

por Lúcio José de Azevêdo Lucena
Imagem(acervo pessoal lúcio leonn), atriz Juliana carvalho: Encarte "Os Iks" 13º exercício do Curso Colégio de Direção-1ª turma. Direção: Celso Nunes,1999.

Recolhi, após um ano de trabalho como aluno-intérprete do referido curso, e interessado depois em fazer esta pesquisa, depoimentos compilados de reportagens e folderes de espetáculos realizados entre o início, e final da 1ª fase de funcionamento da 1ª turma do Curso Colégio de Direção Teatral. Transcrevo alguns abaixo:

“Sinto uma energia de vitalidade muito grande e o curso fornece as ferramentas técnicas para que essa energia possa fluir”.(Vanina Fabiak, Diário do Nordeste- Caderno 3, 28.02.1997; ("Diretores-Um novo olhar sobre a cena”).

“Moldar a emoção dentro da técnica(...) Não é fácil se livrar das formas pré-concebidas, mas é preciso esvaziar para depois preencher(...) Uma simples mudança na posição de uma mesa pode resolver toda a composição de uma cena. Aí você fica "como é que eu não pensei nisto? Então, há todo um choque de informações que te traz uma visão mais moderna, mais viva sobre o que é fazer teatro.” (Ueliton Rocon, Ibidem).

“Nós sabemos montar um espetáculo, mas ainda fazemos a coisa muito intuitivamente e o curso mostra como fazer essa mesma coisa, mas de forma sistematizada.” (Fernando Piancó, Ibidem).

“As aulas dão base à técnica para aperfeiçoar e mexer com a emoção. Fica mais fácil trabalhar sabendo como funcionam esses mecanismos (...) Essa turma mais nova está tendo essa experiência do curso bem mais cedo que a gente, então isso acaba sendo um privilégio. Eles não tiveram que ser autodidatas como a maioria dos que fazem teatro hoje em Fortaleza”.(Ana Cristina Viana, Diário do Nordeste-Caderno 3, 28.02.1997; ("O desafio de criar a personagem”).

“O ator Lúcio Leonn também já está na estrada cênica há um bom tempo. Desde 87 ele vem fazendo teatro e admite que teve e ainda tem algumas dificuldades com relação ao curso”. Diário do Nordeste-Caderno 3, 28.02.1997; (ibidem).

Imagem (acervo pessoal) - dois momentos do ator Lúcio Leonn, em: "Os Iks"- movimento os caçadores- Curso Colégio de Direção-1ª turma. Direção: Celso Nunes,1999. Teatro Dragão do Mar.

“Colégio em si já presta um serviço enorme à comunidade, ensaiando de quatro a oito horas diárias, quando no Ceará a média é duas. O Dragão vai nos dar um salto qualitativo e quantitativo, pela montagem de espetáculos para diversos públicos (...) Todo mundo se formou lá no CAD, que precisa ser estruturado, uma vez que o Dragão não forma atores. Mas ele tem uma função vasta, já que cada diretor se torna um multiplicador dessas experiências”. ("Ueliton Rocon, Diário do Nordeste- Caderno 3, 18.04.1998; (Comédia policial inova cena Cearense-Rosa Escarlate volta ao cartaz no Teatro Morro do Ouro”).

”Temos exercitado com Vendramini a instrumentalização técnica aplicada à encenação, o manejo com o grupo e clareza na concepção do espetáculo. Ferramentas essenciais para a arte no teatro”.(Augusto Gigli, Folder do Espetáculo “O Caso dessa tal de Mafalda..., dirigida por José Eduardo Vendramini, 1998).

“Com Vendramini tivemos não só lições de encenação, mas também de ética e de como equacionar disciplina e democracia. Uma experiência que nos põe a pensar sobre a arte que fazemos e, principalmente, como elaboramos o nosso próprio processo de criação teatral.” (Graça Freitas, Ibidem).

“Trabalhar com José Eduardo Vendramini no Colégio de Direção Teatral, como assistente na montagem da peça O Caso dessa tal de Mafalda..., foi um exercício de generosidade e aprendizagem do mais alto respeito pelo teatro e pelas pessoas que o fazem. Valeu ! Obrigado Vendramini”. ( Omar Rocha, Ibidem).

“Mafalda é um processo onde aprender a dirigir significa, na prática, compreender o Teatro como esforço realmente coletivo.” (Pedro Domingues, Ibidem).

Também transcrevo *abaixo um registro de minhas atividades cênicas como prática de vivência artística. É a somatização e multiplicação de conhecimentos apreendidos por meio de alguns cursos e oficinas já aqui apresentadas. Tal análise se faz presente na minha vida teatral ao repasse de ensino ou na busca de fixação de aprendizagem contínua, seja como ator-educador por meio da experimentação de técnicas ou na direção cênica propriamente dita. [*para acessar: http://notasdator.blogspot.com/2008/04/atividades-de-orientao-em.html]


(fonte): Fragmento da pesquisa: Os Processos de Formação Teatral em Fortaleza na década de 1990: Memórias de um ator. Fortaleza: UECE/CEFET-CE. 2002; (Monografia de Especialização em Arte e Educação, 177p.)]

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